13 de junho de 2012

Geologia, petrografia e geoquímica do Complexo Metamórfico Rio Apa na Região de Porto Murtinho-MS
TCC 2011 | Resumo

Gustavo Zenardi de Campos

Orientação:
Profa. Dra. Maria Zélia Aguiar de Sousa
Prof. Dr. Amarildo Salina Ruiz

Este trabalho apresenta os resultados do mapeamento e caracterização geológica de uma área com 410 km², localizada no Terreno Rio Apa, porção Sul do Cráton Amazônico, nas proximidades do município de Porto Murtinho, sudoeste do estado de Mato Grosso do Sul. O alvo principal desse trabalho é a caracterização do Gnaisse Porto Murtinho e de três corpos da Suíte Intrusiva Alumiador (granitos Jatobá, Piatã e São Francisco), que são as unidades mais representativas da área de pesquisa, bem como, o estudo dos diques máficos da Suíte Intrusiva Rio Perdido. O Gnaisse Porto Murtinho foi caracterizado como ortoderivado e é marcado pela presença de bandamentos formados pela intercalação de níveis félsicos e máficos que evidenciam efeitos de polideformação. O Granito Jatobá foi classificado como Hornblenda-biotita-sienogranito, e consiste de rochas leucocráticas, de cor rosa, textura fanerítica inequigranular média a grossa a porfirítica, apresentando em torno de 30% de agregados máficos. O Granito Piatã foi subdividido em duas fácies, uma granodiorítica e outra sienogranítica, formadas por rochas leucocráticas a hololeucocráticas de cor cinza, textura equi a inequigranular fina a média a porfirítica, por vezes, pegmatítica. O Granito São Francisco é composto por rochas leucocráticas, de cor rosa a vermelha, textura inequigranular fina a média até porfirítica, que podem ser agrupadas em duas fácies de composição monzogranítica, uma de granulação média e outra muito fina. Os diques máficos são intrusivos no Gnaisse Porto Murtinho e no Granito Piatã e compreendem rochas maciças de cor cinza-escuro e composição gabróica predominantemente equigranular fino com textura ofítica a subofítica. Geoquimicamente, as rochas da Suíte Intrusiva Alumiador e Gnaisse Porto Murtinho classificam-se como riolitos, enquanto os litotipos máficos caracterizam-se como basaltos. O magmatismo que originou as rochas ácidas foi classificado como cálcio-alcalino de alto a médio K, peraluminoso, enquanto o que gerou os diabásios é caracterizado como alcalino e metaluminoso, tendo sido colocados em ambiente de arco magmático. Na área de estudo foram identificados e caracterizados três eventos de deformação dúctil (Fn-1), dúctil-rúptil (Fn) e rúptil-dúctil (Fn+1). O mais antigo, Fn-1, desenvolvido em regime compressivo, é responsável por um metamorfismo da fácies anfibolito e pela geração do bandamento gnaissico. Fn afetou tanto o Gnaisse Porto Murtinho, quanto os granitos da Suíte Intrusiva Alumiador e imprimiu uma foliação de direção SEE e dobras no bandamento gnáissico. A terceira fase, Fn+1, foi responsável por um metamorfismo em nível crustal muito raso, com um comportamento mecânico dominado por desenvolvimento de estruturas rúpteis e mais raramente dúcteis, gerando alterações minerais e reações retrometamórficas.


CAMPOS, Gustavo Zenardi. Geologia, petrografia e geoquímica do Complexo Metamórfico Rio Apa na Região de Porto Murtinho –MS. 2011, 80 f. Monografia (Graduação em Geologia) – Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2011.

Caracterização petrográfica e geoquímica dos diques máficos do Município de Vila Rica, nordeste de Mato Grosso
TCC 2011 | Resumo

Luana Laiame de Oliveira

Orientação:
Prof. Dr. Paulo César Corrêa da Costa

Os enxames de diques máficos constituem estruturas conhecidas em todos os continentes, de dimensões variando de dezenas a centenas de quilômetros. Os diques máficos que afloram na região de Vila Rica - MT, estão posicionados geotectonicamente na porção sudeste do Cráton Amazônico, Província Amazônia Central (Tassinari & Macambira 1999). Neste trabalho serão apresentados os dados da geologia de campo, resultados de análises petrográficas e geoquímicas dos diques máficos da região de Vila Rica. O objetivo do Trabalho foi o de contribuir para o conhecimento geológico, caracterização petrográfica e geoquímica desses diques. Por meio dos trabalhos, foi possível identificar os seguintes litotipos: Suíte Intrusiva Vila Rica, Gabro Santa Inês, Suíte Intrusiva Rio Dourado e Diques Máficos. A Suíte Intrusiva Vila Rica ocorre em forma de blocos e morrotes. Apresenta cor cinza, granulação média, textura inequigranular e hipidiomórfica a xenomórfica, e sua mineralogia consiste de quartzo, feldspato alcalino, plagioclásio, biotita e opacos. É classificada como monzogranito com variações pequenas para granodiorito. A Suíte Intrusiva Rio Dourado ocorre em forma de blocos e morrotes suaves. Apresenta cor rosa, granulação média a grossa, textura equigranular e por vezes porfirítica. Sua mineralogia consiste de quartzo, feldspato alcalino, plagioclásio e opacos. É classificada como sienogranito. O Gabro Santa Inês ocorre em forma de blocos e lajeados. Apresenta cor verde escuro a verde acinzentado, granulação média a muito grossa, textura equigranular e por vezes porfirítica. Sua mineralogia consiste de anfibólio, plagioclásio, piroxênio, sulfetos disseminados. Acamamento críptico e rítmico são estruturas presentes. Os diques de diabásio ocorrem intrudidos nos granitos da Suíte Intrusiva Rio Dourado e Suíte Intrusiva Vila Rica, preferencialmente na direção N35-50E, ocorrem na forma de blocos e lajeados com dimensões que variam de 20 a 50 m de espessura e dezenas a centenas de comprimento. Apresenta cor cinza a cinza escuro, granulação muito fina a média, texturas equigranular, intergranular, ofítica, subofítica e intercrescimentos granofíricos, estrutura maciça, possui leve magnetismo e baixo grau de alteração. Sua mineralogia consiste de plagioclásio, piroxênio, anfibólio, minerais de alteração e opacos que ocorrem em forma de sulfetos e óxidos disseminados. O resultado da análise geoquímica visou à quantificação dos elementos maiores e traços, e por meio desses dados geoquímicos foram confeccionados os diagramas de classificação geoquímica, mobilização, variação, multielementar e discriminantes para ambiente geotectônico. Na área de estudo ocorrem litotipos das suítes intrusivas Vila Rica e Rio Dourado, a unidade Gabro Santa Inês, diques básicos e como embasamento as rochas Neoarqueanas do Complexo Santana do Araguaia e rochas vulcânicas do Grupo Iriri intrudidas nos granitos da Suíte Intrusiva Rio Dourado. Em campo, foram identificados 14 corpos de diques máficos. De acordo com a sua variação textural e mineralógica foram divididos em três grupos. Composicionalmente, os litotipos máficos (diabásio e hornblenda gabro) são classificados como magmas basálticos com afinidade toleítica. Os diques de diabásio apresentam características de basaltos intraplaca continental, enquanto que os hornblenda gabros, apresentam características de basaltos picrítico. As rochas não sofreram mobilizações significativas dos elementos químicos e os resultados das análises químicas obtidas refletem composições originais. Elementos maiores e traços permitiram separar os litotipos máficos em dois grupos: 1- diques de alto TiO2; 2- diques e hornblenda gabro de baixo TiO2. Quando comparados com outros diques do Cráton Amazônico, somente os diques de Nova Lacerda, mostraram-se empobrecidos em elementos incompatíveis. O comportamento geoquímico dos diques de alto e baixo TiO2 apresentam padrões entre E-MORB e OIB, com maior tendência para OIB. E por fim, observa-se que as semelhanças geoquímicas entre os diques do Cráton Amazônico sugerem que a colocação dos diques máficos de Vila Rica ocorreram em ambiente continental intracratônico, enquanto que os hornblenda gabros representariam um ambiente tipo MORB.


OLIVEIRA, Luana Laiame. Caracterização petrográfica e geoquímica dos diques máficos do Município de Vila Rica, nordeste de Mato Grosso. 2011, 69 f. Monografia (Graduação em Geologia) – Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2011.

Contexto estratigráfico e deposicional das rochas carbonáticas associadas aos depósitos glaciogênicos do Grupo Cuiabá (Zona Interna da Faixa Paraguai Norte, MT)
TCC 2011 | Resumo

Luciano Basílio da Silva
Vicente Borges Barbosa

Orientação:
Prof. Dr. Gerson Souza Saes

Co-orientação:
Geól. Vinicius Beal

O presente trabalho trata do estudo comparativo das características das sucessões estratigráficas, contexto tectônico e condições de metamorfismo a que foram submetidos os metassedimentos e interpretação dos ambientes deposicionais das sequências portadoras de ocorrências de rochas carbonáticas no Grupo Cuiabá, Zona Interna da Faixa Neoproterozóica Paraguai Norte. Para tanto foram investigadas três áreas separadas geograficamente por cerca de 300 km entre si onde estão expostas ocorrências ainda não mineradas (Poconé/Chumbo e Planalto da Serra) e uma frente de lavra (Calcário do Vale em Nova Xavantina). Esta ocorrência encontra-se em diferentes horizontes estratigráficos do Grupo Cuiabá, desde suas camadas mais inferiores (Formação Campina de Pedra em Chumbo) até seus pacotes mais jovens (camadas de topo da Formação Coxipó em Planalto da Serra e Nova Xavantina). Em Poconé/Chumbo as rochas carbonáticas constituem uma lente isolada de metacalcarenitos intraclásticos, espessa de cerca de 30m, no núcleo da Braquianticlinal do Bento Gomes associada a filitos e metarenitos carbonosos, metarcóseos e metagrauvacas, intensamente deformados e metamorfisados em Baixo Grau, na Zona da Biotita. Seu ambiente deposicional é interpretado como lacustre em fase rift inicial da Bacia Paraguai. Em Planalto da Serra ocorrem várias lentes de mármores microcristalinos nos flancos das anticlinais nucleadas por diamictitos cinza-esverdeados. Os mármores estão intercalados a metarcóseos e metapelitos maciços ou com laminação rítmica ambos discretamente deformados, metamorfisados na Zona da Clorita e seu ambiente deposicional é interpretado como uma plataforma marinha rasa com periódicos eventos de fluxos gravitacionais subaquosos, em uma bacia de margem passiva. Na região de Nova Xavantina as rochas carbonáticas são mármores dolomíticos intraclásticos, pretos e azulados, com areia de quartzo detrítico dispersa na rocha. Apresentam deformação discreta, metamorfismo na Zona da Clorita e estão associados a metapelitos laminados ou maciços, metarenitos ferruginosos e metadiamictitos. O ambiente deposicional é sugerido como marinho raso a costeiro em bacia de margem passiva a semelhança dos carbonatos de Planalto da Serra. Os resultados alcançados permitem sugerir que nenhuma das ocorrências estudadas está associada diretamente com depósitos glaciais como aventado por diversos autores, sendo as rochas da Formação Campina de Pedra em Chumbo, depositadas em uma fase pré-glacial em clima tropical e as ocorrências de Planalto da Serra e Nova Xavantina, acumuladas em margem passiva após o clímax da atividade glacial da porção média do Grupo Cuiabá (Fácies Engenho), os diamictitos representando a ressedimentação destes depósitos por efeito do soerguimento glácio-eutático das bordas da bacia após a retração das massas de gelo no final da glaciação marinoana.


SILVA, Luciano Basílio da; BARBOSA, Vicente Borges. Contexto estratigráfico e deposicional das rochas carbonáticas associadas aos depósitos glaciogênicos do Grupo Cuiabá (zona interna da Faixa Paraguai Norte, MT). 2011, 67 f. Monografia (Graduação em Geologia) – Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2011.

Mapeamento geológico em escala de 1:10.000 do vale do Córrego Santo Antônio, Nova Xavantina-MT
TCC 2011 | Resumo

Diogo Callori
Matteus Guilherme Maronesi

Orientação:
Prof. Dr. Carlos Humberto da Silva

A região do Vale do córrego do Santo Antônio, situado na cidade de Nova Xavantina na porção centro-leste do Estado de Mato Grosso é caracterizada por tipos geológicos metavulcanossedimentar. Os quais foram individualizados buscando-se entender a sequência supracrustal que ocorrem na região, ligados a mineralização aurífera. O mapeamento geológico junto com as análises petrográfica e estrutural permitiu individualizar os litotipos em sequências, propondo um empilhamento estratigráfico, na base da área ocorrem rochas metavulcânicas básicas, as quais passam a metatufos. Estas rochas são sobrepostas por metassedimentos químicos: metachert ferruginosos, metachert quartzosos, e metabifs. No topo, em discordância angular e erosiva têm-se metassedimentos clásticos psamo-pelíticos, tendo sido individualizados metassiltitos e metarenitos. Sobre esta sequência em discordância angular, erosiva, e temporal são reconhecidos arenitos. A unidade mais nova são coberturas, cobertura detrítico lateríticas e cobertura aluvionares. Associado a essa sequência Metavulcanossedimentar ocorre mineralização aurífera representada por um veio de quartzo com espessura, chegando a atingir 5 metros, subverticalizado em forma helicoidal, alcançando cerca de 3 km segundo direção preferencial ENE/WSW. A colocação do veio de quartzo principal se deu durante o evento que causou o metamorfismo e formou a foliação principal. O veio postou-se concordante com esta foliação, e foram metamorfisadas na fácies xisto-verde na zona da clorita, onde se originou os veios de quartzo auríferos e os sulfetos foram remobilizados junto com metal precioso. A área apresenta um padrão de superposição de dobras onde seus planos axiais são oblíquos.


CALLORI, Diogo; MARONESI, Matteus Guilherme. Mapeamento geológico em escala de 1:10.000 do vale do Córrego Santo Antônio, Nova Xavantina-MT. 2011, 54 f. Monografia (Graduação em Geologia) – Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2011.

12 de junho de 2012

Geologia, análise estrutural e geoquímica da região da Vila Ponta do Aterro-MT, com ênfase nos granitos Tarumã e Morrinhos - Terreno Paraguá - SW do Cráton Amazônico
TCC 2011 | Resumo

Antonio David Passos
Corrêa Ohana França

Orientação:
Prof. Dr. Amarildo Salina Ruiz

Co-orientação:
Profa. Dra. Maria Zélia Aguiar de Souza

A região da Vila Ponta do Aterro, alvo deste estudo, está localizada no município de Vila Bela da Santíssima Trindade, no estado de Mato Grosso e é caracterizada pela ocorrência de rochas pertencentes ao Terreno Paraguá. Esta porção do estado é pouco conhecida do ponto de vista geológico, contando apenas com trabalhos de reconhecimento nas escalas 1:1.000.000 e 1:250.000, respectivamente, RADAMBRASIL (Barros et al. 1982; Del’Arco et al. 1982) e Ruiz (2005). O objetivo deste trabalho é contribuir para o entendimento da evolução geológica do embasamento gnáissico-granítico que precede a deposição do Grupo Aguapeí. A partir do mapeamento geológico sistemático na escala 1:250.000, foi possível definir que o Terreno Paraguá, na área mapeada, é constituído pelas seguintes unidades litoestratigráficas, da base para o topo: Granulito Ponta do Aterro, gnaisses Las Cruces, Matão e Triunfo, granitos Tarumã e Morrinhos, Formação Fortuna (Grupo Aguapeí), Pantanal do Guaporé e Aluviões atuais; ressalta-se que, à exceção das três últimas e do Granito Tarumã, a descrição das demais é pioneira. Propõe-se correlação litoestratigráfica e tectônica das unidades do Cráton Amazônico no Brasil, como as do oriente boliviano descritas por Litherland et al. (1986) e definidas como Complexo Granulítico Lomas Manechis, Complexo Gnáissico Chiquitania, Grupo Xistos San Ignácio e Complexo Granitoide Pensamiento, conforme a seguir: a) Granulito Ponta do Aterro – Complexo Granulítico Lomas Manechis; b) gnaisses Las Cruces, Matão e Triunfo – Complexo Gnáissico Chiquitania e, no Brasil, Suíte Intrusiva Serra do Baú (Ruiz 2005); c) granitos Tarumã e Morrinhos – Complexo Granitoide Pensamiento. Não foi encontrado em território brasileiro litotipos correspondentes ao Complexo Xistos San Ignácio localizado no oriente boliviano. Do ponto de vista deformacional a área mapeada é separada pela Zona de Cisalhamento Guaicurus em dois domínios estruturais, ambos polideformados e marcados por pelo menos três episódios de deformação dúctil, denominados F1, F2 e F3. Geoquimicamente, as rochas dos granitos Morrinhos e Tarumã classificam-se, respectivamente, como traquiandesitos e traquidacitos e como traquidacitos e riolitos, sendo o magmatismo de afinidade sub-alcalina, de natureza cálcio-alcalina de alto-K, essencialmente metaluminosa, consideradas pós-colisionais geradas em ambiente de arco magmático.


CORRÊA, Antonio David Passos; FRANÇA, Ohana. Geologia, análise estrutural e geoquímica da região da Vila Ponta do Aterro-MT, com ênfase nos granitos Tarumã e Morrinhos – Terreno Paraguá – SW do Cráton Amazônico. 2011, 73 f. Monografia (Graduação em Geologia) - Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2011.

Integração de dados e compartimentação dos sistemas mineralizados do alinhamento Peru-Trairão - Setor leste da Província Aurífera Alta Floresta
TCC 2011 | Resumo

Leonardo Pereira da Silva

Orientação:
Dra. Márcia Aparecida Sant'ana de Barros

Co-orientação:
Dr. Antônio João Paes de Barros

A Província Aurífera Alta Floresta (PAAF), é uma das últimas grandes fronteiras exploratórias do país, onde ainda há expectativa da descoberta de depósitos minerais de classe mundial. Contudo, a província é ainda deficiente em mapeamentos geológicos de detalhe, o que dificulta análises metalogenéticas regionais, principalmente no que tange ao entendimento dos controles litológicos e estruturais e dos diversos tipos de mineralizações auríferas. O presente trabalho tem como objetivo consolidar as informações de interesse metalogenético e exploratório em um segmento da PAAF (Terreno Peixoto), visando contribuir para um melhor entendimento, em escala regional, da relação dos granitos e das mineralizações de ouro associadas. No setor leste da Província Aurífera de Alta Floresta (PAAF) as mineralizações auríferas ocorrem em veios, sistemas de veios ou disseminados. A maioria destes depósitos encontra-se limitados, e aparentemente controlados por descontinuidades estruturais, estendendo-se da região garimpeira do Trairão, a norte, até a região garimpeira do Peru, a sul. Esse alinhamento orientado NW-SE, reflete a existência vários depósitos auríferos do tipo filoneanos, na sua maioria são sub-verticais e com direções variáveis, hospedados em suítes graníticas paleoproterozóicas, provenientes de fonte crustal e arqueana e a deformação concentra-se principalmente ao longo de zonas de cisalhamento. A utilização de geotecnologias, em uma abordagem de processamento e integração de dados, agregando informações metalogenéticas dos corpos primários já conhecidos, e que serão disponibilizados na internet é algo que até então não havia sido considerado em trabalhos anteriores. Os principais resultados obtidos foram: (i) análise dos principais sistemas mineralizados dispostos no alinhamento Peru-Trairão, em especial dos sistemas Flor da Serra e Peixoto Central; (ii) uma coluna estratigráfica com a relação entre idade de formação e depósitos auríferos associados; e (iii) um banco de dados que será disponibilizado na internet, no site da METAMAT.


SILVA, Leonardo Pereira da. Integração de dados e compartimentação dos sistemas mineralizados do alinhamento Peru-Trairão – Setor leste da Província Aurífera Alta Floresta. 2011, 83 f. Monografia (Graduação em Geologia) – Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2011.