Participar de um coral estimula o espírito da solidariedade, a ideia de que o importante é o conjunto e não o indivíduo.
Cantando em corais aprende-se que uma voz não pode se sobressair. Ela tem que compor, consoar, soar junto. Isso exige o aguçamento da percepção do outro para que timbres e notas se harmonizem. O todo, o resultado final, é maior do que uma mera soma das vozes ali presentes. Há uma mágica nas inúmeras sequências harmònicas que os artistas compõem para os corais. Desde o canto gregoriano até as mais radicais composições contemporâneas, busca-se projetar um quadro de emoções que atingem cada ouvinte de modo especial, diferenciado pelas diferentes histórias e momentos de cada um.
A atividade coral leva os cantores a ultrapassar seus limites. A exposição em palcos, a construção da voz com exercícios, o estímulo à percepção auditiva, tudo isso mexe com o corpo e com a mente, levando os cantores a fortalecer sua postura em todas as outras atividades cotidianas.
Ninguém sai ileso da experiencia coral. É um espaço para cooperadores iguais e fraternos. Essas características desenvolvem-se no contínuo trabalho de múltiplos ensaios e inumeráveis insights, envolvendo regente e cantores.
Cantar em grupo torna mais fácil entender porque se usa dizer que 2+2 nem sempre é 4.
As crianças são normalmente fascinadas por música, e a vivência da música em grupo estimula o desenvolvimento motor e a percepção espacial. Música tem história, ocupa espaço e tem cores. Basta deixar a imaginação fluir. E nisso as crianças são insuperáveis. Basta ver os dois últimos vídeos abaixo para se perceber a expressão de envolvimento e entrega das crianças à música.
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